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segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vieira Cara Alma - doc. curta metragem


Vieira Cara Alma from V5 vídeos on Vimeo.Vieira Cara Alma from V5 vídeos on Vimeo.

Mestre sem ter sala de aula, Vieira aprendeu com o mundo e soube ensinar devolvendo com sabedoria seu conhecimento com quem conviveu. O professor deixou muitos discípulos que seguirão suas lições, conselhos e o seu modo particular de enfrentar as adversidades do destino e transformá-las a seu favor. Simplicidade, humildade, obstinação e alegria de viver: foram estas as características ressaltados pelos amigos e fãs de Mestre Antônio Vieira.

Zeca Baleiro, cantor e compositor
“Seu Vieira é um artista eterno, que escreveu seu nome de modo definitivo na história da música brasileira. Fico feliz de ter ajudado a torná-lo reconhecido, junto à Rita Ribeiro, que teve a grande iniciativa de gravá-lo em seu primeiro disco. O Mestre deixará saudades.”

Fernando de Carvalho - cantor
“Eu tive a oportunidade de gravar com Mestre Vieira no meu segundo CD “Simplesmente Natal”, onde ele fez uma participação com a música Alegria de Natal. Ele era um homem simples, generoso, enfim, do povo. Seria uma pessoa comum se não fosse a grandiosidade do seu talento. Fica a saudade, mas fica também a nossa obrigação enquanto artista em perpetuar a sua obra. É dessa forma que o Mestre Vieira permanecerá vivo dentro de nós”

Rita Ribeiro, cantora
“Como todos os maranhenses, estou bastante triste com a partida de Mestre Vieira. Tinha planejado, para a minha próxima ida à São Luís, marcar uma tarde de música e conversa com ele... Mestre Vieira cumpriu bem sua missão na Terra. Sempre foi muito sensível e o importante é que ele conseguiu o que mais queria: o reconhecimento de seu trabalho. Pelo menos, nos últimos 10 anos. Digo isso, porque é o tempo do lançamento do meu CD onde tem Cocada e quando ele se tornou mais conhecido. Ao mesmo tempo que fico triste, fico tranqüila por saber que ele bem viveu a sua vida e porque foi reconhecido pelo que mais gostava: a cultura dele, da qual tinha muito orgulho. Temos agora a missão de fazer com que a obra dele rompa as fronteiras. Vou lembrar de Vieira bom, na varanda da casa dele, tocando violão e falando de Lopes Bogéa, que também já se foi. Mestre Antônio Vieira merece ser reverenciado, gravado... O Maranhão precisa ter mais cuidado com os nosso artistas, com os nossos Mestres. No caso dele, graças a Deus, tivemos a chance conhecê-lo. Ele fez uma passagem linda... Como dizia o Mestre Sivuca, que também já partiu, ele 'mudou de frequência'. A gente tem que agradecer a Deus pelo tempo que Ele nos deu junto com Antônio Vieira e pelo dom que deu a ele"

Pedro Sobrinho – jornalista e DJ
“Mestre Antonio Vieira soube viver inteligentemente a vida em seu ciclo: começo, meio e fim. Ele tinha “alma de menino”. Fez uma música impar, de grande valor que tem que ser preservada que não pode ser esquecida de uma hora para outra com a sua morte. Para mim ele é um imortal da música maranhense”

Alberto Dantas – Maestro e professor do curso de Artes da Universidade Federal do Maranhão
“Vai a matéria e fica a obra que é eterna. Mestre Vieira foi descoberto muito tarde pelo Brasil. Ele tinha a noção perfeita da tradição musical do Maranhão em suas composições”

Sergio Castellanni – produtor cultural
“Trabalhei com Mestre Vieira durante o lançamento do seu disco Ao Vivo em 2002 produzido por Zeca Baleiro no Rio de Janeiro e em São Paulo. É mais um grande compositor da música popular brasileira que se vai”

Luis Guerreiro – compositor e presidente do Bloco Afro Abibimã
“Vieira era o nosso Cartola. Foi reconhecido tarde demais. Na “maior idade”.

Erivaldo Gomes – compositor e percusionista
“Antonio Vieira era um grande amigo. O conheci quando eu tinha 18 anos e fomos para Brasília fazer um show na Sala Funarte a convite de Ubiratan Souza. Ele foi percussionista e como compositor ainda não era conhecido o seu talento. Vieira é um grande exemplo e prova de que o sucesso não vem nem cedo, nem tarde. O sucesso acontece quando você acredita. Por isso mil vezes zero é zero”

Joaquim Santos – maestro, arranjador e professor de música
“Mestre Vieira conseguia fazer música do passado com humor elegante resgatado em suas composições. Ele fez uma transposição desse resgate histórico em suas músicas. No ano passado algumas sacras e natalinas começaram a ser musicadas para um auto de Natal com os arranjos de duas obras para voz e orquestra Poema Para o Azul e Ave Maria. É uma perda irreparável para música.

Cecília Leite, Jornalista e cantora
“Mestre Vieira era um grande homem, cheio de histórias e tiradas ótimas. Cada conversa com ele era um grande aprendizado. A morte pra ele era algo muito bem resolvido, e ele convivia bem com isso. Sempre dizia que quem quisesse conhecê-lo depois que morresse, que escutasse suas músicas. E eu digo mais: além de trazer a sua história de vida, as músicas de Antônio Vieira trazem a história da cultura popular do Maranhão, da qual tinha muito orgulho. ‘Minha terra tem tambor de crioula e a tua não tem’, dizia. Ele dizia que não estudava música... A música pra ele era um dom. Cabe a nós, da música, dar vazão a todo esse talento do Mestre Vieira”,

Ricarte Almeida, sociólogo, radialista e coordenador do Clube do Choro Recebe
“Mestre Antônio Vieira é uma estrela da nossa música. Na sua demonstração de humildade, se apresentava com o grupo de choro Urubu Malandro, do qual fazia parte com um ritmista. Mestre Vieira tem uma estreita relação com a cultura chorística no Maranhão. Junto com César Teixeira, Ubiratan Souza, entre outros, foi um dos fundadores do Tira-Teima o mais antigo grupo de choro em atividade de São Luís. A música dele é impregnada de elementos do choro e é uma perda irreparável para a nossa cultura. A sua última apresentação pública, ocorreu exatamente no Clube do Choro Recebe, quando ele esteve lá com Rosa Reis. No dia 9 de maio, é o aniversário dele. E no Clube do Choro faremos um sarau em homenagem a ele, junto com o grupo Urubu Malandro e outros cantores”

Rodrigo Caracas, músico e publicitário
“Antônio Vieira é o poeta do povo maranhense. A sua obra apareceu de fato quando ele já estava mais velho. E após assistir a um show dele no Teatro Arthur Azevedo, que contou com a participação de Zeca Baleiro, Elza Soares e Sivuca, me despertou o interesse de organizar a obra dele, que resultou no Registro Fonográfico da Obra Musical do Mestre Antônio Vieira. Gravamos 360 músicas, das 400 que ele tinha na época. Foram dois anos de trabalho e todas a músicas gravadas na voz dele. E com esse registro das músicas, ninguém mais pode tirar esta autoria dele. Tinha uma coisa que ele dizia sempre: ‘Já tive todas as minhas alegrias em vida, e quando morrer quero ver vocês todos tocando. E eu estarei rindo da cara de vocês’. Tudo dele era pra cima, não só na arte musical, mas também como conselheiro. Além de ser muito popular e querido pelas pessoas de todos os níveis sociais”.

Fonte: Samartony Martins - O Imparcial

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