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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Panorama do Rádio Digital no Brasil, a partir de uma visão de rádio livreiro

I

Estou preocupado com os rumos que a decisão ou a não decisão a respeito do Rádio Digital pode tomar. Vejo os radiodifusores querendo o HD Radio, um padrão ridiculamente ruim, de qualquer maneira.

Vejo os defensores da "democratização da mídia" viajando e querendo propor
um padrão novo, vi propostas absurdas circulando por aih... , na real,
muitas vezes oque parece eh que esses que citei mais querem disputar
poder e mostrar que são diferentes e pensam no Brazil, doque pensar num
sistema de radiodifusão realmente interessante no sentido de possibilitar uma
tecnologia que permita integrar as pessoas de todas as partes do mundo.

Para o rádio, que eh algo bem roots com potencial de integrar as pessoas
que estao na area de alcance, nao rola ficar viajando em nacionalismos,
na minha opinião, temos que ser a favor do DRM, um padrão aberto que está
sendo desenvolvido na Europa, e vai ser testado no Brasa em breve.

Ninguem tah fazendo pressionando o governo em favor do DRM.
Os das grandes empresas, tao a favor do HD Radio, os que seriam o outro
lado da mesma moeda, o pessoal da "democratização da mídia" tah
viajando,e ninguem tah apoiando o DRM, caraio!

Quanto a expansão do numero de canais para as radios (uma argumentação
dos ONGguero das comunicações, que em geral nunca fizeram radio na vida),
creio que a faixa dos 20MHz seria excelente, e uns 2 ou 3MHz caberia uma
pá de rádio...

II

Venho escrever esse texto devido a urgência de se discutir esse tema: a escolha do padrão de Rádio Digital a ser usado no Brasil.
Diferentemente do que aconteceu com a TV Digital, a escolha do padrão de Rádio Digital está sendo pouquíssimo discutido, e a hora é agora, porque de acordo com o site do Ministério das Comunicações, o padrão será definido em fevereiro:
http://www.mc.gov.br/governo-anuncia-sistema-de-radio-digital-ate-fevere...

O governo já havia decidido de antemão que não seriam alocadas novas faixas do espectro para o rádio digital (diferentemente de como aconteceu na Inglaterra e em vários lugares na Europa, por exemplo, onde o padrão DAB foi o escolhido), portanto, de acordo com essa escolha, existem dois padrões em jogo para a decisão: o HD Radio, norte americano, e o DRM (Digital Radio Mondiale), europeu.

O HD Radio é um padrão que foi desenvolvido por uma empresa chamado Ibiquity, é um padrão fechado, e possui taxas associadas a rolyalties e patentes muito superiores ao DRM.

O DRM é um padrão que foi desenvolvido por um consórcio de algumas das maiores empresas de comunicação do ramo, aliadas a rádios estatais e universidades européias, sendo que ele é um padrão aberto e possui implementações de referência tanto da modulação quanto da demodulação, além de utilizar menos banda que o HD Radio.

O HD Radio funciona nas faixas de Ondas Médias e VHF (FM), e o DRM funciona em todas as faixas de rádio do espectro.

Para as rádios livres, na minha opinião, a escolha do governo de não alocar uma nova faixa de frequencia para o rádio digital foi boa, na medida em que jamais teríamos espaço num multiplex centralizado (no DAB um transmissor oficial emite várias rádios em conjunto), e também está claro que o DRM é de longe o padrão no qual teremos muito mais chance e facilidade de transmitir no padrão digital.

O panorama atual é o seguinte: o Inmetro em conjunto com Anatel estão fazendo medições de recepção do rádio digital, algumas rádios estão testando o HD Radio, outras rádios estão testando o DRM, e o nosso ministro Hélio Costa afirma que em fevereiro irá anunciar o padrão de rádio digital brasileiro.

Temos que bater o pé pelo DRM!!!

III

Uma opção para Rádio Digital - O DRM+ ao invés do IBOC
Por radiolivreiro 02/10/2008 às 18:59

O Ministro das Comunicações Helio Costa vive dizendo que o Brasil tem de escolher um padrão de rádio digital que suporte simulcast (transmissão análogica FM feita juntamente com a digital, sem alocação de canais extras), e que o único padrão possível é o fechado e proprietário HD-Radio IBOC da iBiquity.

O fato é que o HD-Radio IBOC da iBiquity não é o único padrão de rádio que suporta o simulcast.
O DRM+ é um padrão aberto que é uma evolução do DRM (Digital Radio Mondiale), que por sua vez é o padrão "de fato" para transmissoes digital em ondas curtas até 30MHz.
O DRM+ extende as funcionalidades do DRM possibilitando transmissões com alta qualidade na faixa das transmissões analógicas FM (87.5 - 107.9 FM), incluindo a possibilidade do simulcast, como demonstrado em testes realizados este ano na Alemanha usando o DRM+:

http://www.drm-radio-kl.eu/dokumente/iis_workshop/WSDR9_Paper_EN_Lehnert_2008.pdf

O custo de um transmissor compatível com o DRM+ é potencialmente menor do que o do HD-Radio da iBiquity, visto que os produtos da iBiquity possuem especificações fechadas e estão sujeitos a patentes e royalties.

Visto que os interesses do Hélio Costa em geral vão de encontro ao das pessoas normais que querem se comunicar, ..., vai ser difícil que na digitalização do rádio aconteça oque se passou com a digitalização da TV, em que um padrão totalmente sem patentes envolvidas e aberto foi escolhido, devido a uma obrigatoriedade vinda de um decreto federal.

URL:: www.radiolivre.org

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Comentários


típico
ser humano 02/10/2008 21:53

Esse Hélio Costa desde que entrou no primeiro mandato do governo Lula só faz lobby para o grande conglomerado dos meios de comunicação que alienam nossa população e contribuem para ridícula situação de sociedade em que estamos...

o IBOC, padrão utilizado nos EUA, já tem demosntrado inúmeras falhas além desse problema de patentes...

mas fazer o que...a resistência está fraca mas um dia esse império do marasmo cai...ativemos enquanto isso


Mais um erro!
Jo 03/10/2008 19:53

Aliás,

O sistema da iBiquity NEM É IBOC (In-band-on-channel) de fato - a banda ocupada pela modulação digital fica, na verdade, nas "laterais" do espectro FM que já conhecemos.

Por isso, já há pressões nos EUA para que se amplie a banda total reservada a cada canal, para assegurar qualidade - de 200kHz para 250kHz ou 280kHz, diminuindo assim a quantidade total de canais possíveis de FM.

Lobbystas disfarçados de "especialistas" adoram propagar a "Confusão Programada".

IV

Governo anuncia sistema de rádio digital até fevereiro
Por mudeir@ 29/12/2009 às 17:53

Parece que em 2010 o padrão de rádio digital vai ser escolhido - espero que seja o DRM (Digital Radio Mondiale)!

retirado de:
http://www.mc.gov.br/governo-anuncia-sistema-de-radio-digital-ate-fevereiro/

Governo anuncia sistema de rádio digital até fevereiro

Ministro Hélio Costa reúne radiodifusores para demonstrar a transmissão experimental em ondas curtas desde a Guiana Francesa e relatar o início dos testes em São Paulo e Belo Horizonte

Brasília ? Até meados de fevereiro de 2010, o governo federal quer anunciar o sistema de rádio digital a ser adotado no Brasil. Foi o que revelou o ministro das Comunicações, Hélio Costa, em reunião com sete empresários e dirigentes de associações de radiodifusão, em encontro na sede do Ministério das Comunicações.

?O rádio foi o primeiro veículo de comunicação de massa e será o último a entrar na era digital. A digitalização permitirá um novo modelo de negócio e uma nova revolução no rádio?, afirmou o ministro. Segundo Hélio Costa, é chegada a hora de definir um padrão de rádio digital para o Brasil. ?A decisão será tomada pelo governo ouvindo os radiodifusores?, disse.

De acordo com o ministro, o rádio digital permitirá ao governo, realizar transmissão em ondas curtas com qualidade de som acima da média, o que representará um avanço na política pública de comunicação. Será possível fazer mais transmissões para atingir lugares distantes da Amazônia, cujas comunidades hoje são servidas apenas pela Rádio Nacional da Amazônia, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Hélio Costa apontou que a digitalização do rádio vai agregar outros serviços ao cidadão, que terá acesso à transmissão de dados, fotos, gravações e até mesmo a impressão de dados. O aparelho de rádio será transformado em uma estação multimídia. ?Será uma revolução para o cidadão?, disse.

O ministro das Comunicações esteve reunido com representantes do setor de radiodifusão no início da tarde desta segunda-feira, 28 de dezembro. Junto com técnicos da Secretaria de Comunicação Eletrônica, ele fez uma explanação do estágio dos testes e avaliações dos padrões de rádio digital, tanto do sistema americano IBOC (In-Band-On-Chanel) quanto o europeu DRM (Digital Radio Mondiale).

Os empresários e dirigentes de entidades ouviram as transmissões em ondas curtas feitas pela Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), desde a Guiana Francesa, distante 2,8 mil quilômetros de Brasília. A qualidade do áudio e a possibilidade de transmissão de dados simultaneamente impressionou os participantes da reunião.

De acordo com o ministro das Comunicações, nas próximas semanas deverão ser realizados novos testes com transmissões digitais da Rádio Cultura e da CBN de São Paulo, além de emissoras de Belo Horizonte. O objetivo é verificar o funcionamento da recepção e transmissão do DRM em ondas médias e FM.

Estavam presentes na reunião o presidente da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), Daniel Pimentel; o presidente da (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Alexandre Gadred, o vice-presidente da Agert, Hilmar Kannenberg, e o presidente da Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo (AESP), Edilberto de Paula Ribeiro. Os empresários José Inácio Pizzani e Marco Aurélio Jajour também participaram da reunião, bem como o engenheiro da EBC, Emerson Weirich.

O engenheiro eletrônico Flávio Ferreira Lima, que coordena o grupo de estudos do governo federal para avaliação do sistema RRM, relatou os avanços e as avaliações dos testes que vêm sendo realizados. Ele demonstrou, em caráter experimental, como seria a recepção em um aparelho de rádio digital com acesso a tecnologia DRM.

Atualmente, além de Ferreira Lima, trabalham na realização de testes de rádio digital os professores Rodolfo Sabóia, do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial (Inmetro); Ronaldo de Andrade Martins, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Cássio Gonçalves do Rego, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Luiz da Silva Mello, do Centro de Estudos em Telecomunicações da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; e José Maria Matias, da Universidade Bilbao de Espanha.

Eider Moraes/ASCOM/Ministério das Comunicações

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Comentários


RÁDIO DIGITAL PARA QUEM?
Fernando de S. Nunes 29/12/2009 23:55
nunesfefa@hotmail.com

Prezado(a) internauta,

Não podemos negar que, com a digitalização do sistema de transmissão de rádio, teremos uma ferramenta poderosa de entretenimento. Seja qual for o sistema a ser adotado, o americano ou europeu, apesar de não esconder a minha insatisfação em governos que não investem em tecnologia a ponto de desenvolver o nosso próprio sistema de rádio digital, será de grande importância para o Brasil. Claro que estas mudanças farão com que o brasileiro tenha que se adequar ao novo sistema no sentido de comprar novos rádios que atendam a estas demandas.
No entanto, desejo, nesse momento, alertar os movimentos sociais, as universidades e os cursos voltados a comunicação, as associações, entidades, os cidadãos (consumidores, os demais profissionais e as pessoas se preocupam em trabalhar cultura popular, educação e rádio, de participar também das discussões. A adoção desse sistema não pode ser tratado somente por um pequeno grupo político que controla a grande maioria dos rádio e obvio que estão interessados em aumentar o seu controle ideológico sobre a população. Deve-se haver várias audiências púbicas na Câmara e no Senado, bem como, encontros nacionais, regionais e locais para que envolvam a sociedade na discussão do tema. A primeira vista, vemos uma proposta verticalizada, elitizada e voltada somente aos interesses desse grupo citado acima. É preciso avaliar de forma ampla qual os custos dessa mudança para o consumidor até porque as rádios são concessões públicas, de uso público e coletivo para atender a nós que somos cidadãos e pagamos impostos por isso e não privilégio de pessoas ligadas a grupos políticos.


Juba
RLMuda

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