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terça-feira, 24 de novembro de 2009

O Petróleo vai acabar...

Pessoas amigas,
Aí vai um longo artigo sobre o assunto, mais uma série de links. Tirei de um forum de discussões sobre energia que às vezes frequento. A maior parte dos links trazem a quase certeza de que, se não estamos no pico, estamos bem perto dele. É um fato físico, não uma escolha, o esgotamento das reservas, ou melhor, de metade delas, o que tecnicamente caracteriza o pico.
O que assusta é o silêncio ensurdecedor a respeito de um fato que está logo aí adiante, e que, ao ocorrer, terá repercussões imensas em absolutamente todos os campos de nossas vidas, alterando-as de modo inimaginável para nossas mentes acostumadas com a energia barata incorporada em tudo.
Muitos descrêem mas não se informam, alguns estudam mas preferem igonrar, muitos poucos tomam alguma atitude a respeito. Estado de negação em seu mais alto grau. Será medo?
E durma-se com um barulho desses.
Peço a aqueles que acharem o tema relevante, que repassem. É muito importante.
Abraços a todos,
Sérgio


Sérgio Pamplona, bioarquiteto e permacultor
Arquinatura -- arquitetura+ natureza+ permacultura
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Telfax (61)3034-1925 Cel (61)9212-0077
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A Polêmica sobre o World Energy Outlook 2009

* Publicado por n almeida em 20 novembro 2009 às 23:51 em Energia
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Saiu o World Energy Outlook 2009, em meio a rumores que lançam suspeitas sobre sua credibilidade. Trata-se do anuário da Agência Internacional de Energia, organização criada pela OCDE em resposta à Crise do Petróleo de 1973. Ela visa coordenar as políticas energéticas de seus estados membros. O anuário reúne dados fundamentais, nos quais se baseiam os estados membros da AIE, para efetivarem seus planos estratégicos na área de energia. Informações sobre o WEO podem ser acessadas no endereço a seguir:

http://www.worldene rgyoutlook. org/

Antes de entrar na polêmica do WEO e apresentar os documentos que reforçam os argumentos de seus críticos , algumas palavras sobre a gravidade da crise energética que se aproxima.

Esta discussão deve ser aberta para toda sociedade. Não faz sentido afastar a opinião pública do debate, pois além de antidemocrático, a superação dos impasses e a mitigação dos efeitos dependerão de mobilização, de envolvimento coletivo. Sofreremos conseqüências graves advindas da falta de energia, ela terá efeito mais imediato do que uma eventual mudança climática, para qual se dá muita ênfase. Alteração significativa do clima se implanta gradualmente em prazo de séculos. Estancamento da oferta de energia dá efeito imediato na economia, um recuo nessa oferta torna a situação desastrosa.

Estamos no limite da exploração de petróleo no planeta. A mais importante matéria prima para o mundo moderno que extraímos da natureza se esgota, para ela não há meios de reciclagem ou alternativa com a mesma versatilidade. Toda imensa capacidade produtiva da economia atual deriva da energia que obtemos principalmente dos chamados combustíveis fósseis, nenhuma tecnologia de energia alternativa moderna é adequada para substituí-los na escala em que os utilizamos. Se uma tecnologia revolucionária surgir hoje, não há condições para que seu emprego em substituição parcial significativa aos fósseis se dê antes de três décadas. Não há um horizonte firme da chegada de tal tecnologia nem a certeza de que venhamos a alcançá-la.

Depende fortemente do petróleo a agricultura mecanizada moderna - responsável pela maior parte da produção mundial de alimentos - e o transporte usado na distribuição de seus produtos, eles sustentam atualmente com imensas falhas os quase sete bilhões de seres humanos. A chegada do Pico do Petróleo é um ponto de virada para a humanidade. Assim como o emprego dos combustíveis fósseis causou imensa modificação na sociedade, sua saída terá idêntico impacto de modo contrário, será o avesso da Revolução Industrial. Se formos traçar um outro paralelo com eventos do passado, trata-se de algo, em sentido inverso, da mesma dimensão histórica do surgimento das cidades no final da Era Neolítica, pois implicará no colapso das megalópoles modernas. Viveremos fatos extraordinários de consequências gravíssimas. Não se trata do fim do mundo, mas o fim do mundo como o conhecemos (Y. Cochet).

Feito o alerta, vamos aos fatos noticiados:

O jornal britânico The Guardian denunciou manipulações da Agência Internacional de Energia para escamotear o incômodo fenômeno do Pico do Petróleo.

http://www.guardian .co.uk/environme nt/2009/nov/ 09/peak-oil- internat. ..

A reportagem divulga que a AIE minimiza deliberadamente a escassez iminente por temer disparar movimento de especulativos na compra do petróleo, haveria pressões principalmente do EUA para subestimar as taxas de declínio dos grandes campos existentes. Declarações obtidas de funcionários da agência levantam dúvidas sobre a edição WEO divulgada na semana passada.

Diz a matéria assinada por Terry Macalister:

“O mundo está muito mais próximo de ficar sem petróleo do que admitem as estimativas oficiais”.

“Agora a teoria do "Pico do Petróleo" está ganhando apoio no coração do establishment energético mundial. "A AIE em 2005 predizia que a oferta de petróleo poderia chegar até aos 120 milhões de barris diários (mdb) em 2030, contudo foi obrigada a reduzir gradualmente esta quantidade a 116 mbd e 105 mbd no ano passado", disse a fonte da AIE”

"Muitos dentro da organização acreditam que manter as previsões de oferta de petróleo mesmo em 90 a 95 mbd seria impossível, mas se teme que espalhe o pânico nos mercados financeiros se as cifras se reduzirem ainda mais”.

Colin Campbell, fundador da ASPO - The Association for the Study of PeakOil and Gas e citado na matéria em referência, redigiu um comentário, disponível na página da ASPO, sobre o conteúdo exposto pelo The Guardian, para explicitar sua divergência com as cifras da AIE:

http://www.peakoil. net/files/ Campbell_ comments_ 20091110. pdf

A matéria dá conta ainda de que existe no parlamento britânico, uma comissão presidida pelo deputado John Hemming para investigar o pico do petróleo e gás. Ele confirma que também foi contactado por funcionários da AIE descontentes com a falta de um ceticismo independente sobre as previsões. Diz Hemming:

"A confiança nos informes da AIE tem sido utilizada para justificar as afirmações de que o petróleo e os suprimentos de gás não alcançarão seu ponto máximo antes de 2030. Agora está claro que este não será o caso e não se pode confiar nas cifras da AIE"

Tudo isto está correlacionado a um relatório divulgado no mês passado pelo Centro de Pesquisa da Energia do Reino Unido (UKERC) - um consórcio de15 centros acadêmicos liderado pelo Imperial College de Londres e a Universidade de Oxford – onde se diz que há “um risco significativo” da produção mundial de petróleo alcançar seu pico antes de 2020 e a partir daí começar a cair de forma gradual.

Steve Sorrell, autor principal do estudo, assegura que as previsões da AIE “são demasiado otimistas no melhor dos casos, quando não inverossímeis”.

Eis a apresentação do lançamento do Relatório: http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=322

Esta é uma apresentação resumida para imprensa: http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=323

O relatório completo está aqui: http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=283

Um sumário se encontra aqui: http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=293

Os relatórios técnicos suplementares estão abaixo:

Technical Report 1 - Data sources and issues
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=285
Technical Report 2 - Definition and interpretation of reserve estimates
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=286
Technical Report 3 - Nature and importance of reserve growth
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=287
Technical Report 4 - Decline rates and depletion rates
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=288
Technical Report 5 - Methods of estimating ultimately recoverable resources
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=289
Technical Report 6 - Methods of forecasting future oil supply
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=290
Technical Report 7 - Comparison of global supply forecasts
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=291
Annex to Technical Report 7
http://www.ukerc. ac.uk/support/ tiki-download_ file.php? fileId=292

Tags: aie, aspo, guardian, petróleo, pico, ukerc

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